quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Curadoria da 29º Bienal (2010)

A Fundação Bienal anunciou o nome do curador da 29º edição da Bienal. Trata-se do economista e pesquisador Moacir dos Anjos.

De acordo com o presidente Heitor Martins, esta Bienal tende a ter uma visão mais pluralista e integrada da arte, reafirmando a importância da instituição na arte contempôranea.

É aguardar pra ver!

28º cartaz da Bienal


O mais recente cartaz, idealizado para a 28º Bienal foi criado por Flávia Castanheira. A designer gráfica, voltada para a área de projetos gráficos de livros, foi convidada para criar a composição, cujo tema da mostra foi “Em contato vivo”.

O cartaz apresenta transparência (a sobreposição dos elementos é vista de maneira clara), profundidade (perspectiva na imagem, através do efeito claro e escuro, conseguido pela variação das cores) e seqüencialidade (ritmo visual causado pela ordenação dos elementos).

Apresenta uma tipografia curvilínea, diferente de todas as tipografias dos outros cartazes. Ela é o resultado puro do uso da computação gráfica, pois a fonte é cortada ao meio e as duas partes não estão exatamente na mesma direção, dando um efeito moderno. Não apresenta serifa e as cores são do cartaz sobreposto.

Esta composição apresenta uma sobreposição do cartaz da 1º edição da Bienal, criado por Antonio Maluf, como mostra a figura abaixo. É uma releitura fragmentada que pode ser considerada como uma tradução gráfica dos parâmetros pós-modernos.


1º cartaz da Bienal, realizado por Antonio Maluf

27º cartaz da Bienal


Jorge Macchi foi o realizador do cartaz da 27º Bienal, a convite da Fundação.

O artista argentino Jorge Macchi, trabalha em diferentes mídias, como instalações, vídeos e fotografias, retratando a cidade, o cotidiano, a violência e o destino. Em 2005 participou da Bienal de Veneza.

O cartaz referente à 27º Bienal apresenta uma tipografia simples, sem serifa, em dois tamanhos e cores diferentes. Na parte superior e central, dados como data e local estão separados apenas por ponto, em caixa alta e fonte preta. Um pouco mais abaixo, não no centro do cartaz, numa fonte maior, está o número e o nome do evento e ao lado o tema da Bienal. Para diferenciar as informações, a cor foi usada como um diferencial, pois a primeira está na cor preta, enquanto que a segunda na cor vermelha, além de ambas estarem em caixa alta e na mesma proporção de largura da frase superior.

Macchi fotografou apenas uma parte de sua instalação feita com recortes de jornal, que continha somente as aspas de uma fala ou citação ditos por alguém. “A obra remete ao Speaker’s Corner, um lugar em Londres em que as pessoas vão para fazer discursos. As aspas emolduram os vazios criando linhas sinuosas fixadas frouxamente por alfinetes na caixa”, explica o artista9. A proposta de Macchi se encaixa no tema da 27º Bienal, “Como viver junto”, pois para se viver junto, é necessário ter um espaço para a conversa, para uma troca de opinião, uma crítica, um elogio, enfim, é preciso se comunicar, falando e ouvindo o outro, com liberdade e respeito.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

26º cartaz da Bienal


No ano de 2004 foi o cartaz de Ziraldo que representou a 26º edição da Bienal, que apresentava o tema “Território livre”. Ziraldo é cartunista, chargista, pintor, teatrólogo, escritor, cronista, desenhista e jornalista. Se destaca em livros infantis, como o Menino Maluquinho e aceitou o convite da Fundação Bienal para a realização do cartaz.

O cartaz de Ziraldo apresenta três frases, sendo as duas primeiras com a mesma extensão de largura e tamanho de fonte, esta inclusive sem serifa. Estão localizadas na parte direita do cartaz, de forma justificada. A terceira linha composta pelo número da edição e nome do evento está no centro do cartaz e apresenta um tamanho de fonte maior que as linhas acima, salientando a informação, com a mesma fonte.

O cartaz é ilustrado por pequenos quadrados do mesmo tamanho e com cores diferentes (a maioria cores quentes). É simples e multicolorido, semelhante ao trabalho do pintor suíço Paul Klee, como mostra a figura abaixo:


A ilustração do cartaz é abstrata, diferente das que Ziraldo costuma fazer (ilustrações humorísticas), deixando claro como é difícil para qualquer artista ou designer fazer o cartaz da Bienal, uma mostra composta por obras de correntes e países distintos, que democratiza a arte e conseqüentemente suas críticas.

25º cartaz da Bienal


Em 2002, o cartaz de Benjamin Yung e Guilherme Facci representou a 25º Bienal e foi escolhido por meio de concurso.

Benjamin Yung é designer e diretor de arte, além de trabalhar com propaganda. Tem experiência em agências de publicidade dos Estados Unidos, Europa e do Brasil e ganhou prêmios dos principais festivais de propaganda do mundo. Guilherme Facci é diretor de arte e trabalha no mercado publicitário. Ganhador de três leões de Cannes (maior festival publicitário do mundo).

O cartaz não apresenta muito destaque na tipografia, pois ela é representada apenas em duas linhas. Na primeira em amarelo, numa fonte sem serifa está a inscrição Bienal de São Paulo. A frase abaixo, num tamanho mais reduzido e em branco é composta por dados como data e local. Ambas as frases estão no centro do cartaz e com a mesma largura.

O cartaz da 25º edição é a fotografia de uma porta num estado de extrema corrosão, em que na parte superior encontra-se o olho mágico e mais abaixo o que seria o número do apartamento se reflete no número da edição do evento. Ambos os símbolos estão centralizados no cartaz. É uma imagem simples, mas que causa um certo impacto por ser uma fotografia forte. Esta edição da bienal apresentou o tema “Iconografias metropolitanas”, na qual os designers literizaram a temática, apontando uma espécie de endereço onde se encontra espaço para a arte, onde se encontra a 12º cidade utópica (que reuniu trabalhos de onze lugares diferentes do planeta, seguindo a idéia do curador), localizado na Bienal.