terça-feira, 1 de dezembro de 2009

20º cartaz da Bienal


O 20º cartaz criado por Rodolfo Vanni em 1989 foi escolhido por meio de concurso. Rodolfo Vanni é argentino, mas reside no Brasil desde 1970. É artista plástico, fotógrafo, diretor de arte e sócio da produtora Companhia de Cinema. Vanni é um dos mais importantes diretores publicitários do mercado brasileiro e ganhou prêmios como Caboré, Leões no Festival de Cannes, entre outros.

O cartaz tem informações seguidas, sem nenhum ponto ou vírgula. Com fonte Arial, em caixa alta, negrito e na cor vermelha, Vanni apresentou em cinco linhas justificadas, informações como a edição, data de início e término, local, patrocínio e apoio cultural.

Rodolfo Vanni criou três cartazes para a Bienal. O primeiro tinha uma nota de Cruzado Novo toda amassada, coberta com fita adesiva e presa entre dois vidros. Já o segundo, foi em branco e preto e apresentava a ponta de um revólver, mas o escolhido foi o terceiro cartaz, que continha um fundo amarelo e diante dele, uma banana partida, mas que foi juntada (em lados opostos) e grampeada.

Este é um dos cartazes mais controversos de todas as edições da Bienal e, portanto um dos mais lembrados. Com uma imagem polêmica, representa o aumento considerável de público para o evento, que passa a ser considerado uma exposição cabível no circuito de massa. Muitas críticas inferiorizaram o cartaz, por representar uma imagem (a banana) que é um esteriótipo de brasilidade. O fato é que o cartaz de Vanni é uma prova física de que a modernidade estava sendo superada.

Sem uma temática formal, a curadoria desta edição buscou fugir das bienais anteriores, buscando um rompimento do comum e o descobrimento dos enigmas da arte. A banana de Vanni é uma imagem forte, que pode ser considerada uma incógnita, por ser fora do padrão, instigando uma leitura crítica do público.

Nenhum comentário:

Postar um comentário